Luísa Faria – Mãe de Luís

Uma família quando decide ter um filho, nunca está no pensamento a hipótese de existir algum problema. É um sonho fantástico e inexplicável, a sensação da gravidez e o primeiro momento em que vemos um rosto e um corpo fofinho, que é o nosso filho. O Luís foi um sonho que existiu muitos anos antes de acontecer. Durante todo o tempo de namoro, a ideia de ter filhos e se fosse menino, chamar-se-ia, Luís Carlos. Tudo aconteceu em plena perfeição e em Abril de 2005 nasce o príncipe mais belo e fofinho que se tornou a alegria da família. Neste momento nada se detetou, não sabíamos da existência de um problema, o Luís cresce como qualquer outro menino, bate palminhas, dá os primeiros passos, faz tudo, exceto o desenvolvimento da linguagem. Estava o Luís com dois anos, a irmã tinha acabado de nascer, o segundo sonho da família tinha sido realizado, e neste preciso momento, recebemos um diagnóstico de Autismo. Naquele Abril de 2007, em que tínhamos acabado de ser pais pela segunda vez, ter um diagnóstico de Autismo, gerou um turbilhão de sentimentos. Primeiro, foi aceitar a diferença e segundo, foi adaptar a nossa vida familiar e seguir em frente, cheios de garra, com a certeza que haveria uma luz no fundo do túnel. Conhecemos profissionais fantásticos, quer no hospital de Guimarães, quer no hospital de S.João, e o Luís iniciou as primeiras terapias. Foram as primeiras pessoas que nos explicaram o que deveríamos fazer. É muito importante na altura em que as famílias recebem um diagnóstico, ter profissionais que mostrem que há um lado positivo, que há muito para fazer e como devemos fazer. Em Outubro de 2009, estava o Luís com quatro anos e percebemos que precisávamos ainda mais de ajuda. Pesquisamos e encontramos a Acip, que era a resposta para os nossos problemas, tinha tudo o que precisávamos. O Luís na Acip já fez todas as terapias: Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Equitação Terapêutica, Neurofeedback, Integração Sensorial e Psicologia. Também fez parte de grupo de trabalho, designado de Tagarelices. A Acip tem uma excelente equipa multidisciplinar, que elaboram um trabalho singular com cada família e de acordo com as suas necessidades. Esta fantástica equipa está sempre disponível para ajudar a solucionar eventuais problemas. Para nós, a Acip, não é apenas uma instituição, não são apenas profissionais, são a nossa segunda família, é onde encontramos sempre ajuda, é onde encontramos solução para os nossos problemas. O Luís atualmente está com treze anos, frequenta o 8º ano, e tem tido um percurso fantástico e com muito sucesso. Este percurso não tem sido fácil, é muito exigente etrabalhoso. É preciso uma correlação constante entre os vários intervenientes: família, Acip e escola. Mas com grande vontade, entusiasmo e alegria, de todos os que rodeiam o Luís, verificamos que com todas as intervenções que o Luís já fez e as que ainda faz na Acip (atualmente faz psicologia e terapia da fala) está a conseguir com sucesso ultrapassar obstáculos, quebrar rotinas, superar medos e tornar-se autónomo. Hoje olhamos para estes onze anos que já passaram de intervenção, nas várias modalidades, como de terapia da fala, terapia ocupacional, Equitação Terapêutica, Neurofeedback, Integração Sensorial e Psicologia e verificamos o crescimento do Luís, o que nos deixa muito felizes e com esperança que vamos ainda conseguir muitas mais vitórias. Recomendamos a todas as famílias que não se isolem, que procurem ajuda, de uma equipa multidisciplinar, como é a Acip, porque todos os meninos, dentro as suas dificuldades e diferenças, vão conseguir evoluir, sempre ao seu ritmo, não à velocidade que os pais desejariam, mas desta forma, as famílias vão conseguir um futuro mais risonho, porque hoje estão a fazer tudo o que é possível para o desenvolvimento, crescimento, autonomia e bem estar do seu filho no seio da família e da sociedade.