Psicologia | A construção da autoestima

As crianças precisam de sentir que são valorizadas, amadas, de receber apoio, da família, dos pais, dos cuidadores, de acreditar que são capazes de lidar com a vida. A autoestima “alimenta-se” do afeto, que, muitas vezes, fica esquecido pelos horários, pelas rotinas, pelas tarefas domésticas, pelos problemas de trabalho, conflitos conjugais, entre outros.

O elogio anda sempre de mão dada com a autoestima. Desgastamos a autoconfiança das nossas crianças quando os insultamos, ridicularizamos, humilhamos, envergonhamos, ameaçamos ou batemos. As crianças sentem-se o foco da atenção dos adultos, quer quando as elogiam, quer quando as censuram, o que as levará a procurar essa atenção de qualquer maneira e a sofrer quando não a conseguem.

O elogio permite-lhes acreditar que são capazes, que é e pode ser possível!

Devemos encorajar as crianças a tomar decisões, principalmente quando essas decisões têm consequências diretas na sua vida.

Praticar com as pequenas decisões prepara as crianças para as decisões maiores e que poderão ter consequências irreversíveis.

Aqui vão alguns exemplos sobre o tipo de alternativas que pode oferecer para as ajudar:

  • “Quando é que queres calçar os sapatos, agora ou depois do pequeno-almoço?”
  • “Que livro é que queres que te leia?”
  • “Queres vestir a saia amarela ou a vermelha?”

Muitas vezes os pais consideram um dever fazer com que os  lhos se sintam felizes. Isto talvez explique por que, atualmente, o adulto tem medo de dizer Não, de estabelecer limites. E o porquê da substituição constante de tantas coisas materiais, tantos brinquedos, tanta roupa,… tanto!

Considerando ver um  lho feliz, com o “SIM” constante, os pais assumem esse estado de alegria, como resultado da sua boa prática/educação! Se, pelo contrário, negam algum pedido ou inibem a manifestação de um comportamento inadequado, sentem-se os causadores da dor, da tristeza dos filhos.

Não seria mais correto concluirmos que a tarefa dos pais não é FAZER apenas os  lhos felizes, mas sim criar condições para que se tornem pessoas felizes?

Uma infância tranquila, um cenário familiar caracterizado por amor, harmonia, equilíbrio, segurança, educação, saúde, justiça, não terá já os ingredientes necessários?

Sejam felizes !